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Síndrome de Burnout: O que é e como evitar?

O aumento dos casos de esgotamento mental relacionados ao trabalho tem se tornado uma preocupação crescente nos últimos anos. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o estresse atingiu 90% da população mundial, grande parte devido às pressões e exigências do ambiente de trabalho.

É neste cenário alarmante que a Síndrome de Burnout, uma condição de esgotamento físico e mental crônica relacionada ao trabalho, surge como uma significativa emergência de saúde pública. A OMS reconheceu oficialmente o Burnout em 2019 como uma síndrome resultante de estresse crônico no trabalho que não recebeu um gerenciamento bem-sucedido.

Para tentar prevenir essa situação e caso já seja acometido, diagnosticar e tratar adequadamente. É preciso conhecer de perto tudo sobre a Síndrome de Burnout e como lidar com seus efeitos.

O que é a Síndrome de Burnout?

A Síndrome de Burnout, também conhecida como Síndrome do Esgotamento Profissional, é um distúrbio psíquico de caráter depressivo, precedido de esgotamento físico e mental intenso. No âmbito da psicologia, este termo é utilizado para descrever um estado severo de desgaste emocional. Que resulta em uma diminuição da produtividade, impotência e desesperança.

Em 2019, a Organização Mundial da Saúde (OMS) adicionou esse transtorno à Classificação Internacional de Doenças, despertando um sinal de alerta máximo na população.

O que provocou o aumento dos casos de Burnout?

A evolução histórica da síndrome de burnout está intrinsecamente ligada às transformações sociais e culturais, em particular, as relativas ao trabalho.

Aumento dos casos de Burnout.
Aumento dos casos de Burnout.

Uso excessivo da tecnologia

A tecnologia, apesar de ser uma grande facilitadora, desempenhou um papel significativo no aumento dos casos. Com a conectividade constante por meio do uso de smartphones e da internet, as fronteiras entre o trabalho e a vida pessoal tornaram-se mais tênues.

Isso significa que as pessoas estão quase sempre disponíveis para o trabalho, sem tempo para relaxar e descontrair, alimentando o esgotamento físico e emocional. Do mesmo modo que, a aceleração da rotina, muitas vezes impulsionada pela necessidade de produtividade, deixa ainda mais agudo o fenômeno.

Jornadas duplas de trabalho

Nessa mesma esteira, as longas horas de trabalho e as jornadas duplas são fatores que contribuem para a exacerbação do burnout. Principalmente com a necessidade de trabalhar mais para ganhar mais.

Da perspectiva histórica, as exigências das questões trabalhistas têm aumentado progressivamente, e as escalas de trabalho têm se tornado cada vez mais extensas. O equilíbrio entre a vida profissional e pessoal tornou-se um verdadeiro desafio o que, somado à pressão por resultados excepcionais nas atividades laborais, criou uma atmosfera propícia para o desenvolvimento da síndrome.

É preciso reconhecer, portanto, que a estrutura de trabalho atual, com suas demandas e pressões, desempenha um papel fundamental no aumento do burnout.

Sintomas da Síndrome de Burnout

Em relação aos sintomas, o burnout apresenta uma variação mais específica e que tem total ligação com o estresse proporcionado no ambiente de trabalho. Dos mais comuns, é muito importante destacar a:

Sintomas da Síndrome de Burnout.
Sintomas da Síndrome de Burnout.

Principais sintomas:

  • Exaustão física e mental: Este é tipicamente o primeiro sintoma da síndrome de Burnout. A pessoa pode sentir-se constantemente cansada, mesmo após um descanso adequado, e pode ter dificuldades para se concentrar ou realizar tarefas diárias.
  • Insônia: Dificuldades em adormecer ou permanecer adormecido, acordar muito cedo, ou a sensação de não estar descansado após uma noite de sono. Esta é uma queixa comum entre as pessoas que estão passando por Burnout.
  • Sentimentos de cinismo e desapego no trabalho: Isso pode se manifestar como um sentimento de frustração, infelicidade ou negatividade em relação ao seu trabalho, colegas de trabalho ou clientes.
  • Diminuição do desempenho: Isso pode incluir atrasos frequentes, uma queda no desempenho no trabalho ou a sensação de estar sobrecarregado e incapaz de acompanhar as demandas do trabalho.
  • Irresponsabilidade e indiferença: Isso pode parecer uma pessoa que não se importa mais com o seu trabalho, está sempre atrasada ou falta frequentemente ao trabalho sem uma boa razão, ou que não mostra interesse em manter um bom desempenho no trabalho.
  • Problemas de saúde física: Estes podem incluir dores de cabeça frequentes, dor de estômago, desconforto e dor crônica, além de sentir-se frequentemente doente.
  • Mudanças de humor: Isso pode poder ser irritabilidade, sensibilidade a críticas, ou mudanças de humor frequentes e inexplicáveis.
  • Falta de apetite ou aumento da compulsão alimentar: Pode-se perceber perda de apetite ou disfunções alimentares, como perder refeições ou comer compulsivamente.
  • Sentimentos de ineficácia e falta de realização: Pode ser uma sensação consistente de incompetência, infelicidade em relação ao próprio desempenho, ou a sensação de que todo o esforço é em vão.

Tudo isso somado e constante na rotina de trabalho do indivíduo potencializa e demonstra notoriamente a necessidade de cuidado e um sinal de alerta para a síndrome de burnout.

Fatores de risco para a síndrome de Burnout

Além dos sintomas, é necessário considerar que uma variedade de fatores pode influenciar a síndrome de burnout. Fatores de risco profissionais incluem um alto nível de responsabilidade, pouca autonomia no trabalho, carga horária excessiva, relacionamentos tóxicos, falta de recompensa positiva, ambiente de trabalho altamente competitivo e repetitividade.

Ainda, profissões que lidam com alto nível de stress e com as necessidades e emoções de outras pessoas, como profissionais da saúde, professores e assistentes sociais, geralmente apresentam maior risco. Você também pode considerar outros fatores de risco individuais e pessoais para a síndrome de burnout.

Fatores de risco para a síndrome de Burnout.
Fatores de risco para a síndrome de Burnout.

Pessoas com personalidade perfeccionista ou propensas a sofrer de stress crônico estão em maior risco. Esta síndrome é mais comum em indivíduos que têm pouca habilidade em lidar com situações estressantes ou que têm dificuldade em estabelecer limites saudáveis em seu trabalho.

Da mesma forma, um mau equilíbrio entre trabalho e vida pessoal ou uma falta de suporte social também pode contribuir para o desenvolvimento da síndrome de burnout.

Diagnóstico da Síndrome de Burnout

Em relação ao diagnóstico da síndrome de burnout, é realizado por meio de uma combinação de entrevistas detalhadas, avaliações psicológicas e exame físico. Avaliar histórico familiar, trabalho e vida pessoal também são partes importantes da determinação do diagnóstico.

Embora não exista um teste específico para diagnosticar a síndrome de burnout, os médicos e psicólogos podem recorrer a várias escalas e questionários para auxiliar no processo.

Burnout e as escalas de diagnóstico

A Escala de Burnout de Maslach é a ferramenta mais comumente utilizadas, dividindo o burnout em três dimensões: exaustão emocional, despersonalização e realização pessoal no trabalho. Apesar disso, o diagnóstico de Burnout não é simples; sintomas podem ser facilmente confundidos com depressão ou outros transtornos de saúde mental.

Interferência de outras condições com o Burnout

Fator que dificulta ainda mais é que a Síndrome de Burnout frequentemente coexiste com outras doenças como insônia, doenças cardíacas e transtornos depressivos ou de ansiedade.

Burnout e as escalas de diagnóstico.
Burnout e as escalas de diagnóstico.

Portanto, é extremamente importante que os profissionais de saúde realizem uma avaliação completa para descartar outras condições subjacentes e garantir que o tratamento adequado seja fornecido.

É interessante também verificar a relação do indivíduo com o ambiente de trabalho, a fim de descobrir se está em uma situação de estresse crônico que pode levar ao burnout.

Tratamento da Síndrome de Burnout

Após o diagnóstico, o tratamento da Síndrome de Burnout varia de pessoa para pessoa, pois depende enormemente das necessidades individuais do paciente e de sua situação particular.

Uso de terapias como método de tratamento

A terapia cognitivo-comportamental (TCC) é um dos tratamentos mais eficazes para a síndrome, pois ajuda a pessoa a identificar pensamentos negativos e comportamentos improdutivos para substituí-los por padrões mais saudáveis. Além disso, a terapia interpersonal, que se concentra na melhoria das habilidades de relacionamento e comunicação, também pode ser útil no tratamento desta síndrome.

Mudanças nos hábitos de vida

Adicionalmente, mudanças no estilo de vida frequentemente desempenham um papel importante no tratamento da síndrome de burnout. Isso pode incluir melhorar o equilíbrio entre trabalho e vida pessoal, fazer ajustes no ambiente de trabalho, implementar uma rotina regular de exercícios físicos e uma dieta saudável, além da melhoria na qualidade do sono.

Uso de medicamentos sob prescrição médica

Medicamentos também podem ser utilizados no tratamento, especialmente se a pessoa estiver lidando com outras condições de saúde mental como depressão ou ansiedade. No entanto, é crucial que qualquer plano de tratamento seja supervisionado por um profissional de saúde mental qualificado.

Tratamento da Síndrome de Burnout.
Tratamento da Síndrome de Burnout.

Prevenção da Síndrome de Burnout

Nesse reta final, ainda é importante conseguir compreender as causas e os sinais de alerta da síndrome de burnout é o primeiro passo crucial para a prevenção.

Pode envolver a criação de um ambiente de trabalho mais saudável, com níveis razoáveis de demandas profissionais, períodos regulares de descanso e uma cultura de apoio e valorização do esforço dos colaboradores. Da mesma forma, o autocuidado desempenha um papel vital.

Práticas de bem-estar, como atividade física regular, uma alimentação saudável, sono adequado, e técnicas de relaxamento, como a meditação, podem ajudar a lidar melhor com o estresse. Ainda, procurar apoio psicológico quando necessário também é altamente recomendado.

Aprender a estabelecer limites, desenvolver habilidades de gerenciamento de tempo, e valorizar o equilíbrio entre trabalho e lazer também são importantes estratégias de prevenção.

Conselhos práticos para evitar a síndrome de Burnout

Praticar a organização do tempo de maneira eficaz é um dos conselhos mais potentes para evitar a síndrome de burnout. Nesse aspecto, a tecnologia pode ser uma grande aliada.

App de tarefas: Uma estratégia para afastar o Burnout

Existe uma variedade de aplicativos de tarefas disponíveis no mercado, que ajudam a gerenciar suas atividades e tempo de serviço. Essas ferramentas permitem não só listar suas tarefas, mas também estabelecer prazos, criar lembretes, priorizar as tarefas mais importantes, entre outros. Com um planejamento diário rígido, você estará menos propenso a sofrer de estresse excessivo, uma das principais causas da síndrome de burnout.

Saúde mental em dia: Se cuide!

Vale lembrar acima de tudo: não negligencie a importância de cuidar da sua saúde física e mental. Estabelecer o equilíbrio entre vida profissional e pessoal é essencial para prevenir o burnout.

É importante que haja espaço para hobbies, descanso e, especialmente, para o silêncio mental. O exercício regular também pode ajudar na prevenção, fortalecendo o corpo e a mente, e melhorando o humor. Do mesmo modo, a alimentação equilibrada e o sono adequado são essenciais para uma boa saúde física e mental.

Em suma, a chave está na adoção de um estilo de vida saudável e equilibrado. No final das contas, é o seu bem-estar que está em jogo.

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A Síndrome de Burnout acomete muitas pessoas atualmente e, para afastar essa condição e cuidar da sua saúde e bem estar no trabalho, é preciso implementar medidas de cuidado e atenção.

Adotar métodos de cuidado com a saúde mental, tais como atividades de relaxamento, estabelecimento de limites, garantia de momentos de lazer e manutenção de uma rotina saudável são um ótimo começo. Em casos mais sérios, a busca por auxílio profissional é altamente recomendada.

Dessa forma, assegura-se um equilíbrio entre cuidado com a saúde física e mental, reafirmando que ambas são igualmente importantes para manter uma vida produtiva e saudável.

No mais, o uso de um aplicativo de tarefas pode ser uma valiosa ferramenta para melhor gerenciamento do trabalho, prevenindo potenciais cenários de estresse e sobrecarga. Saiba como controlar e aumentar sua produtividade com um app de tarefas e comece já a cuidar da sua saúde profissional!

Aline Lázaro

Escritora em processo de conhecimento de assuntos, histórias e conteúdos que enriquecem o desenvolvimento da vida.